
371 mil mulheres empreendem em Goiás
Confira esse e outros dados na 4ª edição do relatório "Perfil da Empreendedora Goiana"
O Laboratório de Pesquisa em Empreendedorismo e Inovação (Lapei/FACE/UFG) e o Sebrae Goiás lançaram, na manhã desta sexta-feira, 08/03, a quarta edição do relatório "Perfil da Empreendedora Goiana - empreendedorismo por mulheres e seus desafios". O lançamento aconteceu nas dependências do Auditório do Sebrae Goiás em celebração ao Dia Internacional das Mulheres. Segundo Daiane Martins (Lapei) e Polyanna Cardoso (Sebrae Goiás), que conduziram a apresentação, a nova edição reúne dados importantes do empreendedorismo por mulheres no estado, divididos em quatro principais capítulos:
Os dados revelam que Goiás possui aproximadamente 3,7 milhões de mulheres, dentre as quais, cerca de 371 mil são empreendedoras. |
De acordo com Antônio Carlos de Souza Lima Neto, Diretor Superintendente do Sebrae Goiás, a instituição "está sempre preocupada em desenvolver ações que fomentem o empreendedorismo por mulheres e que apoiem o desenvolvimento do nosso estado. Isso se torna mais fácil quando temos esse perfil identificado, as ações se tornam contínuas. E isso é ainda mais importante quando percebemos quantas mulheres estão por trás de negócios em Goiás."
A importância das influências contextuais sobre o empreendedorismo também foi abordada na edição de 2024. O bom desempenho educacional e uma infraestrutura adequada nos municípios goianos são aspectos que podem impulsionar a criação de empresas por mulheres. Essa é uma constatação endossada pelas histórias coletadas de mulheres empreendedoras que trabalham em diferentes comunidades de Goiás, a exemplo das empreendedoras da comunidade quilombola de Tinguizal, disponíveis no terceiro capítulo do relatório. O estudo destaca ainda que 47% das empreendedoras goianas são brancas e 46% pardas. A idade média delas é de 42 anos e a renda média mensal igual a R$ 2.516 (61% menor que a renda média do empreendedor goiano).
Com relação ao perfil das empresas, o relatório indica um aumento na proporção de empresárias no estado. Em 1983, 23% das empresas eram constituídas por mulheres. Em 2023, 40 anos depois, a proporção passou para 42%, estabilizada neste patamar desde 2013. Outro dado importante identificado na nova edição diz respeito ao local em que as empreendedoras exercem suas atividades. Cerca de 70% delas utilizam seus domicílios para realizar as atividades do negócio, dado que deve ser considerado na formulação de políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo.

Foto: Secom/UFG
Segundo Angelita Lima, Reitora da Universidade Federal de Goiás, é preciso tratar os diferentes de forma diferente, a fim de reduzir as desigualdades. "Celebramos hoje conquistas que só foram possíveis devido às lutas de outras mulheres antes de nós, que foram mais corajosas do que nós. Celebramos a nossa união, as nossas forças e conquistas. Contudo, o estudo revela que apesar de ter havido um aumento percentual no número de empreendedoras no estado, a diferença de renda média chega a 60%. Estamos há 4 anos monitorando o perfil da empreendedora e a pesquisa monitora a realidade. Importante conhecê-la para tomar medidas. Precisamos reduzir a desigualdade de renda, por exemplo. Junto ao Sebrae Goiás e outros parceiros precisamos discutir o que é preciso fazer para reduzir essa desigualdade. Pesquisar é importante, mas o mais importante mesmo é o que vamos fazer com a pesquisa", destacou.

Fonte: Sebrae/GO
A grande novidade da quarta edição ficou com o lançamento de um painel que reúne dados do relatório e permite a navegação dinâmica pelo usuário.
Acesse a 4ª edição do relatório AQUI.
Navegue pelo painel dinâmico AQUI.
Publicada em 08/03/2024 às 19:35
Atualizada em 11/03/2024 às 15:23