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Pesquisadora do Lapei defende dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFG.

O trabalho objetivou trazer conhecimento sobre as condições da equidade de gênero no futebol.

Pesquisadora do Lapei, Adaleny Dayanne Souza de Paiva, defendeu dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Goiás (PPGS/UFG).

A pesquisa de título “'Elas não querem ser vistas como musas, mas sim como craques': conquistas e desafios do futebol feminino em Goiás” objetivou trazer conhecimento sobre as condições da equidade de gênero no futebol, mais especificamente, no futebol goiano, acarretadas pela institucionalização, em 2019, da obrigatoriedade da associação ou construção de um departamento de futebol feminino por parte dos clubes de futebol masculino da série A do Campeonato Brasileiro.

Adaleny atuou sob a orientação do Prof. Dr. Camilo Albuquerque de Braz (Universidade Federal de Goiás – PPGS/UFG).

Parabenizamos a pesquisadora pela conquista!

Confira abaixo os detalhes sobre a dissertação e a banca de defesa.

 

Sobre a dissertação e a banca de defesa

Título da dissertação - “Elas não querem ser vistas como musas, mas sim como craques”: conquistas e desafios do futebol feminino em Goiás 

Programa - Programa de Pós-Graduação em Sociologia

Linha de pesquisa - Desigualdades, Diferenças e Violências

Mestranda - Adaleny Dayanne Souza de Paiva (Universidade Federal de Goiás – PPGS/UFG)

Orientador - Prof. Dr. Camilo Albuquerque de Braz (Universidade Federal de Goiás – PPGS/UFG)

 

Banca examinadora: 

Profª. Drª. Mariane da Silva Pisani (Universidade Federal do Piauí – UFPI)

Profª. Drª. Marcela Amaral (Universidade Federal de Goiás – PPGS/UFG)

 

Resumo: 

Durante o Governo de Getúlio Vargas (1930-1945) e da Ditadura Militar (1964-1985), foram estabelecidos decretos que impediram as mulheres de praticarem determinadas modalidades esportivas, dentre elas o esporte de maior apelo nacional: o futebol. Os principais motivos destacados foram o ferimento do que era considerado a "natureza feminina" e a possibilidade de prejudicar a reprodução, indagando-se que tal esporte seria muito violento e poderia tornar as mulheres "masculinizadas'' ou impossibilitar a fecundação por uma possível lesão. Em 1979, o futebol feminino deixou de ser proibido no país e a volta das mulheres para a modalidade teria que romper barreiras que permeavam o imaginário social antes e durante o período de proibição. Apenas na última década uma maior atenção foi dada à modalidade, sendo estabelecidas medidas que visam a profissionalização e a melhoria do cenário do futebol praticado por mulheres no Brasil. Uma delas foi a institucionalização, em 2019, da obrigatoriedade da associação ou construção de um departamento de futebol feminino por parte dos clubes de futebol masculino da série A do Campeonato Brasileiro. Este trabalho, nesse sentido, pretende trazer conhecimento sobre as condições da equidade de gênero no futebol, mais especificamente, no futebol goiano, acarretadas por essa medida, visando identificar seus limites e suas potencialidades. Trata-se de uma pesquisa sociológica, de caráter etnográfico exploratório, sobre o futebol feminino em Goiás, entre os períodos anteriores e posteriores a esse regulamento. Como aparato metodológico foi realizada pesquisa de campo no time de futebol feminino do Goiás Esporte Clube, em parceria com o Aliança, que estava participando do Campeonato Brasileiro Masculino de 2023 e que, desde a sua volta à série A deste campeonato, precisou construir ou se associar uma equipe de jogadoras para cumprir com a obrigatoriedade. Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, amparadas pelo método analítico hermenêutico-dialético, proposto por Minayo. Esta pesquisa, por fim, teve como perspectiva elucidar como o cenário do futebol feminino tem se modificado ao longo dos anos e de que forma a obrigatoriedade tem influenciado nessas transformações, realizando uma comparação histórica conjuntamente com a vivência das jogadoras e gestoras em atuação no clube supracitado.

 

 

Texto: Fernanda Arantes

Arte da capa e vídeo: Jacqueline Oliveira

Revisão: Fernanda Arantes

 

Publicada em 17/06/2024 às 09:06 

Catégories: Pesquisa

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